Escola e companhia de dança: diferenças e trabalho em conjunto

Muitas pessoas acabam confundindo, mas cada uma trabalha de um jeito diferente com o bailarino

Hoje iremos resolver uma das maiores dúvidas no mundo da dança: escola e companhia são a mesma coisa? Não! Cada uma tem um objetivo diferente para o bailarino e para explicarmos melhor, conversamos com o nosso professor de ballet, Luiz Henrique, que também trabalha nas companhias infantil e juvenil de ballet da Petite.

Para começar, uma escola de dança é onde o bailarino aprende a técnica sobre a modalidade, se forma como profissional, participa de aulas regulares e, normalmente, se apresenta no final do ano com a sua turma. Numa escola, todos podem se tornar alunos, tanto os bailarinos que buscam uma carreira profissional, quanto aqueles que dançam por lazer.

O professor Luiz conta que na escola o aluno passa por todo o processo de conhecimento básico da modalidade até o nível técnico. “Para se tornar um profissional são anos de dedicação em sala de aula e se aperfeiçoando no palco em mostras de dança e festivais”, afirma ele.

Por outro lado, uma companhia de dança é aquela em que o bailarino atua profissionalmente; ensaia seu repertório, faz apresentações e recebe um salário pelo seu trabalho. Na companhia, só podem participar os bailarinos que são convocados ou aprovados em processos seletivos.

Uma companhia de dança pode estar presente numa escola, por exemplo, a própria Petite Danse, uma escola que tem companhias amadoras – ou seja, sem remuneração para os bailarinos – de ballet, jazz e street. Assim como a Royal Ballet, uma das mais famosas companhias do mundo que também tem uma escola de dança: a Royal Ballet School, focada na formação profissional dos bailarinos.

Luiz explica como as companhias têm um trabalho em conjunto com as escolas: “os alunos são selecionados a partir de uma avaliação do professor, que nota o desempenho do aluno, se é dedicado, não falta, respeita e tem uma boa convivência na sala e, o principal, se está sempre atento às correções”. As companhias, como a Royal, estão sempre observando seus alunos, por isso, todos os professores recomendam: ‘dê o seu melhor, até mesmo na sala de aula’.

Na Petite, os alunos que fazem parte das companhias fazem aulas diariamente com uma rotina de uma cia profissional: aulas, ensaios, preparação física, pas de deux, contemporâneo e acompanhamento mais rígido em relação ao rendimento do aluno. “É bem puxado, pois esperamos atingir um nível técnico que o prepare para seguir carreira e conquiste bons resultados assim que formado pela escola”, diz o professor.

Mesmo tendo suas diferenças, as escolas de dança e as cias estão juntas no processo de profissionalização do bailarino. Quem sonha trabalhar em companhia, precisa começar numa escola, assim como a Mayara Magri e o Denilson Almeida, que hoje trabalham na Royal Ballet, mas que tiveram todo o seu desenvolvimento dentro da Petite Danse.

Assista o vídeo para saber mais sobre escolas e companhias de dança:

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