Em 2018, a Escola Petite Danse completa 30 anos! E nada melhor do que os nossos próprios alunos (que atualmente trabalham profissionalmente como bailarinos) falarem um pouco da nossa história!
Já sentimos falta do Matheus Souza, que fez parte da nossa história e atualmente está dançando na Alemanha! O depoimento dele foi lindo:
“Para mim, a Petite Danse vai além de uma Escola incrível que me deu o seguimento do bailarino que eu queria ser. Foi também minha família e minha casa, literalmente.
Em 2007, eu saia de Santo Antônio de Pádua, estado do RJ para estudar ballet no Rio de Janeiro. Mas foi em 2009 que eu conheci a Escola de Dança Petite Danse – Unidade Tijuca. Me apaixonei logo de cara pelas aulas, professores e estrutura da Escola, durante a minha avaliação para fazer parte do Projeto social Dançar à Vida. E lógico, na minha primeira vez lá, vi um pouco do ensaio de Cisne Negro da Mayra Magri e a partir daquele dia, ela passou a ser minha maior inspiração, virei fã!
Após uma reunião com a Tia Nelma e ela ter me oferecido a bolsa para o Projeto saí de lá com a certeza que era aquele lugar que eu queria estudar ( “Tia Nelma” só pra quem aluno de lá haha) que é mais que a diretora da escola – foi e é uma mãe amiga pra mim até hoje. Foram muitos desafios durante meus estudos lá. Vim de uma família humilde do interior e por um tempo eu e minha família não tínhamos condições de pagar moradia no Rio e a Petite Danse passou a ser a minha casa, as salas de ballet que durante o dia era meu local de trabalho durante a noite era meu dormitório. E foi assim por 2 anos até nos mudarmos para o alojamento dos meninos do projeto (que antes não existia).
Tive a sorte de estudar naqueles anos com professores incríveis que passaram a ser amigos. Com Luna Ornellas, com seu amor, dedicação e cuidado que me incentivavam. Alysson Rocha que me fez ver o ballet com mais formas, inteligência e consciência e é claro, alegria hahaha. Aulas, ensaios e ensaios com Patricia Salgado que com muita disciplina nos direcionava para o melhor. Aulas de anatomia com a Carol Lima, que inclusive cuidou de mim quando tive fraturas por estresse nas tíbias, muita gratidão. Rosane Darzi, que além de ser a pessoa mais fofa da Escola cuida da saúde de muitos alunos e era sempre a primeira que procurava quando só queria uma Dipirona hahaha. Guilherme Darzi uma das pessoas que cuidou de mim como um filho, o que não incluía só amor, mas bastante esporro e aprendizado. Além dos funcionários da Escola que são super amorosos sempre.
Fiz amigos na Escola que são amigos até hoje, na verdade são meus melhores amigos. E eu poderia escrever uma lista aqui mas o texto já está grande. E as histórias são muitas, tipo MUITAS. Como numa família, também temos conflitos, mas o amor é sempre maior. O que eu tive na Petite foi muito mais do que aulas de dança, aprendizados de vida que carrego comigo sempre. A Escola não se resume em único aluno ou professor.
Muito obrigado a todos, a cada um que fez parte dessa jornada na Escola. Alunos, pais de alunos, investidores dos projetos, professores, funcionários e direção. Hoje sou bailarino profissional em Koblenz na Alemanha e nada disso seria possível sem vocês que diretamente ou indiretamente me ajudaram a realizar esse sonho.”