O dia 22 de agosto, Dia Internacional do Folclore, está relacionado à origem do termo “folklore”, em inglês, que no ano de 1846 foi escrito pelo autor William John Thoms pela primeira vez. A palavra surgiu da junção dos termos “folk” (povo, popular) com “lore” (cultura, saber, conhecimento), representando o conjunto de costumes, lendas, manifestações artísticas e culturais de um povo.
O Brasil possui um folclore muito rico com danças, festas, comidas, obras de arte, superstições e comemorações que exaltam nossa cultura. As tradições e crenças vão muito além das lendas que são contadas para nós desde criança, como por exemplo: Saci Pererê, Curupira, Iara, Boitatá, Caipora, Mula-sem-cabeça, entre outros. Mas nem tudo é folclore. Para ser considerado folclore é necessário que tenha origem anônima, de forma espontânea, sendo transmitido, na maioria das vezes, de forma oral e fortalecendo a popularização coletiva.
As danças folclóricas fazem parte da tradição brasileira. São várias danças, com diferentes ritmos, você conhece alguma dessas?
- Carimbó: diretamente do Pará, esse ritmo mistura influências indígenas, africanas e portuguesas e é marcado pelos movimentos giratórios com as saias rodadas;
- Frevo: ritmo eletrizante de origem pernambucana que contagia a todos com a sombrinha colorida marcada pelas cores da bandeira de Pernambuco (azul, verde, amarelo e vermelho);
- Maracatu: também de origem pernambucana, esse ritmo e dança apresentam fortes características religiosas, composto por uma mistura de elementos indígenas, europeus e africanos;
- Jongo: de origem africana, essa dança também conhecida como caxambu e corimá, é praticada ao som de tambores;
- Samba: esse ritmo que é a cara do Brasil possui diferentes vertentes como o samba de roda, samba-canção, samba-exaltação, gafieira, pagode e o famoso samba-enredo, característico dos desfiles das escolas de samba no carnaval;
- Forró: o ritmo xodó das festas juninas que reúne festa, dança e música, um conjunto maravilhoso que nasceu em Pernambuco, dançado em pares através do Xote, Baião, Arrasta-pé, ou de forma individual como vemos no Xaxado e Coco.
As festas populares também fazem parte do folclore e transbordam a alegria, tradições culturais, comidas típicas e rituais religiosos que fazem parte das comemorações brasileiras. Além das festas juninas e do carnaval já citados anteriormente atrelados às danças, são outras festas populares conhecidas: Folia de Reis, Festa do Divino, Lavagem da Escadaria do Bonfim (Bahia), Festival Folclórico de Parintins, entre outras.
A partir do conhecimento da cultura do nosso país, nos relacionamos mais com o lugar e com sua origem. E existem diversas formas de nos conectarmos mais com o folclore, seja através da literatura, dos museus, das artes cênicas ou do audiovisual. Para expandir seu conhecimento sobre esse conteúdo, seguem algumas sugestões a seguir:
- Leitura: Folclore do Brasil, do autor Luís da Câmara Cascudo
- Vídeo do Youtube: Folclore não é uma lenda
- Série brasileira “Cidade Invisível”, disponível na Netflix
- Museus como o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Rio de Janeiro fica localizado no Catete – http://www.cnfcp.gov.br/, e o CRAB, Centro SEBRAE de Referência do Artesanato Brasileiro localizado no Centro – http://www.crab.sebrae.com.br/
- Perfil do Folclore BR: https://www.instagram.com/folclorebr/
Escrito Por: Cristal Marques
Cristal é bailarina e professora de dança que estudou na Escola Estadual de Danças Maria Olenewa e na Petite Danse, onde fez parte da companhia de ballet e se profissionalizou em 2014. Na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, concluiu os estudos em Artes do Espetáculo, em 2019, e graduou-se em Engenharia de Produção. Apaixonada por dança e crianças, dá aulas de pré ballet e iniciação à dança há 6 anos. Em 2020, criou seu projeto de aulas de dança online para adultos: Dancê, Dance com Você . Cristal dança desde os 2 anos e essa sempre foi sua paixão e a maior motivação diária.