Os homens no ballet clássico

Nos dias de hoje, os meninos que fazem ballet são minoria. Muitas turmas de ballet não têm um menino sequer. Mas nem sempre foi assim!

Normalmente se usa os Triunfos de Loureço de Medici em Florença no século XV como a origem do ballet como espetáculo. O ballet, teria se originado na Italia Renascentista, mas apesar de existir desde essa época, as mulheres só vão começar a dançar no ballet muito tempo depois.

Até os anos 1680, podemos dizer de certa forma que dançar ballet era coisa de HOMEM, NÃO DE MULHER ! Até esta data aproximadamente as mulheres até poderiam dançar socialmente as danças da corte, mas não era considerado apropriado para as mulheres dançarem no palco. Até este período, quem fazia os papéis de mulher eram os próprios homens usando máscaras (as máscaras eram usadas para interpretar papéis de ambos os sexos na verdade) e saias.

Então em 1681, quatro mulheres, as primeiras bailarinas dançaram pela produção da ópera Lully “Le Triomphe de l’Amour”. Então, a líder delas, Mademoiselle de la Fontaine, pode ser considerada a primeira “primma ballerina” da Ópera de Paris, o que faz dela a primeira bailarina de todos os tempos.

Mas mesmo sendo permitido com que as mulheres dançassem nos palcos, elas ainda eram a minoria no ballet e ainda exerciam papeis de menor importância. Elas seriam uma mera acompanhante e o homem é que era o verdadeiro centro das atenções dos ballets.

Isso começa a mudar somente com a Era Romântica, em que a mulher vai ser supervalorizada! Nesse momento, a mulher é que vai ter o papel principal, os solos dos ballets, e o homem que vai passar a ser o mero cavaleiro acompanhante. Ele está lá para valorizar a mulher.

Até que Marius Petipá entra em cena e muda mais uma vez essa história. Agora, tanto homem quanto mulher tem o seu valor em cena! Eles vão continuar dançando juntos em pas de deux, mas ambos vão ter o seu momento de brilhar em cena, o seu solo no ballet.

Mas quanto a ser minoria, acredito que os homens continuam o sendo desde pelo menos a Era Romântica. E até hoje, vem sendo muito difícil para as escolas de dança conseguirem meninos para estarem entre seus alunos.

Acredito que um dos motivos para isso, além do preconceito que os meninos que fazem ballet ainda sofrem, é mais comum os pais colocarem a filha no ballet desde criança e o filho em qualquer outro esporte, menos no ballet. É muito comum que os meninos só entrem no ballet muito mais tarde, quando não dependem mais dos pais para isso.

Mas apesar disso, me sinto otimista e acredito que é uma realidade que já está mudando e vai melhorar com o tempo! Como exemplo disso, temos o pequeno George, filho do Príncipe William e da Kate Middleton, que começou a fazer ballet agora ainda criança e já conta com o apoio dos pais. William segue o mesmo conselho da sua mãe: “E se é algo que você ama, você faz o que ama. Não deixe que ninguém lhe diga o contrário. Continue assim” e colocou os dois filhos, a menina Charlotte e o menino George nas aulas de ballet..

Esse tipo de atitude, quando chega a público, pode mudar completamente o rumo do ballet. Pois, se até um menino membro da família real pode fazer ballet, porque outros meninos também não poderiam?

Isso vai ser bom, tanto para os meninos que fazem ballet, pois essa é uma atividade que traz inúmeros benefícios para quem pratica, como melhora da coordenacao motora, da flexibilidade, da postura, da musicalidade, além de ser super prazerosa; quanto para o próprio ballet, que só tem a ganhar com a entrada de novos bailarinos! O ballet precisa de meninos, e meninas, de homens e de mulheres! Ambos tem a sua importância na dança e nas coreografias! O que seria dos pas de deux sem os homens dançando? Ou o que seria dos ballets de Petipá sem os homens para brilhar com seus saltos e giros? O ballet certamente não teria a mesma graça!

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