8 Orientações de como fazer os movimentos do ballet da forma correta e dominar a anatomia do seu corpo para dançar e salvá-lo de lesões

A dança é uma arte em que o corpo trabalha o tempo todo. Por isso que ter as devidas noções de anatomia se tornam importantíssimas! Se você é professor, vai te ajudar a ensinar da melhor forma os movimentos para o seu aluno; se você é aluno, vai te ajudar a dominar a técnica e prevenir possíveis lesões. Na dança todas as regras que são ditadas têm um porquê, não só em razão da estética, da beleza que essa arte busca, mas também para que o corpo não se machuque e possa continuar dançando por ainda mais tempo de forma saudável. Por isso, no post de hoje, separamos 8 orientações de como fazer os movimentos do ballet da forma correta e dominar a anatomia do seu corpo para dançar e salvá-lo de lesões.

1)    En dehors.

O en dehors é um movimento de rotação externa do quadril e que conta com contribuições das articulações do tornozelo e do pé́. Lembre-se disso e você não se lesionará! Algumas vezes, com o intuito de aparentar ter um en dehors maior, forçamos apenas os pés para fora, fazendo um grau de 180 forçado, o que pode ocasionar em lesões dos joelhos e dos tornozelos. Além disso, o nosso acetábulo, que é onde nosso quadril encaixa com a perna, vai ser o que vai determinar o nosso en dehors. É claro que é possível melhorar o en dehors, mas devemos saber nossas individualidades anatômicas para não forçar mais o acetábulo do que podemos e machucá-lo.

2)    Pelve.

A pelve deve se posicionar de maneira neutra! Por vezes, não aplicamos esse conhecimento, ou deixando-a muito para frente ou desencaixando. Isso vai fazer com que trabalhemos de forma inadequada e pode ser uma forma de lesionar tornozelos e joelhos de um lado, ou a lombar de outro. Além de fazer com que façamos, por exemplo, um plié de forma esteticamente incorreta.

3)    Joelhos.

Devem estar sempre alinhados na direção dos pés, especialmente nos pliés. Mais uma vez: caso esteja com os joelhos à frente dos pés durante um plié mal executado, é mais uma forma de lesão de tornozelos e joelhos.

4)    Arco de pé desabado para frente.

Essa pode ser a causa da formação dos joanetes. O peso, quando estamos com os pés no chão, deve ser bem distribuído no meio dele.

5)    Pliés e grand pliés.

Eles devem ser feitos de forma que se haja a sensação de elástico e não de maneira brusca. Eles dão a correta flexibilidade dos tendões e amortecem o impacto do corpo durante os giros e saltos. Por isso, quando voltamos de um salto, nossos pés devem tocar todo o chão, não voltar com o calcanhar em meia ponta. Qualquer plié feito em contrário a isso, pode nos trazer lesões, por exemplo, na coxa, nos joelhos e até na coluna, por não usá-los com essa função elástica e de absorver os impactos.

6)    Perna em X ou joelho valgo.

Esse tipo de joelho é aquele que é voltado para dentro e por isso requer alguns cuidados. Um deles é a forma que se estica os joelhos. Se você estica os joelhos, jogando-os para trás, forçando as linhas, pode prejudicar as cartilagens e desenvolver lesões. O correto é esticar pensando em jogar para cima, ativando a musculatura para cima, trazendo a patela para cima.

7)    Pontas.

Quase toda bailarina sonha em subir nas pontas. Mas em nome de uma ansiedade em realizar logo esse sonho, não se pode atropelar etapas. Porque essa queima de etapas pode SIM causar lesões, que podem ser irreversíveis, especialmente em crianças que não finalizaram o desenvolvimento das estruturas musculares e ósseas. Além disso, a forma que se sobe na ponta, seja colocando o peso sob o dedão ou sob o mindinho, também podem ser outras causas de gerar danos irrecuperáveis!

8)    Alongamentos.

Embora muitas pessoas achem que são sinônimos, alongar é diferente de aquecer. Aquecer significa preparar o corpo, aumentando a sua temperatura, para uma atividade física; já alongar é fazer exercícios que façam ir além da sua possibilidade do corpo, aumentando a flexibilidade. E existe o momento adequado de cada um. Antes de uma aula ou de um ensaio, é inadequado fazer alongamentos mantidos como grand ecárt, pois eles deixam os músculos mais lentos e desprotegidos, e numa aula ou ensaio, eles são exigidos que ajam de maneira rápida. Assim, se fizer uma aula de chão e logo após um ensaio, pode sim ser um fator de se lesionar.

 

Essas foram algumas pequenas orientações para prevenir lesões na dança. Se você se interessa pelo assunto, não perca a semana da dança que está acontecendo agora com a professora Carol Lima. Os conteúdos são gratuitos. Para ter acesso, basta se inscrever na nossa Semana da Anatomia da Dança, clicando aqui!

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